O ano de 2013 na Europa ainda promete ser difícil no plano econômico. É a crise das dívidas soberanas na Europa que atinge diretamente os mercados de crédito.
De fato, enquanto se acreditava ter obtido avanços importantes em novembro de 2011 na solução da crise grega, os déficits públicos já nos lembram novamente. Agora é a Espanha que preocupa : a economia espanhola contraiu-se 0,3% nos três primeiros meses do ano em relação ao quarto trimestre de 2011. A Espanha, portanto, caiu oficialmente em recessão. O governo espanhol reconheceu na sexta-feira estar vivendo “talvez um dos momentos mais difíceis para sua economia” mas quis ser otimista para o futuro.
A agência de avaliação financeira Standard and Poor’s rebaixou na segunda-feira as notas de nove bancos espanhóis, incluindo Santander e BBVA, bem como a da confederação das caixas de poupança (Ceca), após ter rebaixado na quinta-feira a nota soberana da Espanha em dois níveis de A para BBB+. O desemprego na Espanha continua a bater recordes, ultrapassando atualmente 24% da população.
Os governos europeus decidiram enfrentar os problemas dos déficits públicos e não passou despercebido que planos de austeridade foram adotados em toda a Europa. Na Bélgica, o orçamento de 2012 previu realizar 15 bilhões de euros em economia. Infelizmente, esta crise financeira atinge em cheio a economia real. O índice de confiança dos consumidores está em baixa e o pessimismo geral não encoraja as famílias a gastar. Da mesma forma, as PME enfrentam dificuldades crescentes para se financiar.