A inflação é a desvalorização do dinheiro provocada pelo que se chama de espiral de preços e salários. Esta espiral corresponde ao aumento constante dos preços e dos salários por influência recíproca. Ela é medida através do índice de preços ao consumidor.
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Em outras palavras:
A inflação é um aumento geral e sustentado dos preços dos bens e serviços. Esta situação corresponde a uma queda do poder de compra da moeda. Em resumo, com a mesma quantia de dinheiro, você pode comprar menos do que antes.
As causas da inflação
Aumento da quantidade de moeda:
Trata-se da inflação de crédito monetário, que é um aumento excessivo da massa monetária, os preços aumentam porque o valor da moeda diminui.
Oferta e demanda:
Com o impacto da crise sanitária e o confinamento, as pessoas mudaram seus modos de vida e suas necessidades. As empresas têm dificuldade em atender às necessidades do consumidor, por isso os estoques diminuíram, alguns produtos se tornaram mais raros e, portanto, mais caros.
O aumento do custo:
O aumento do custo refere-se ao aumento do preço das matérias-primas importadas ou dos produtos acabados importados, dos custos de produção. Fala-se então de inflação por custos.
Por que a inflação nos impacta?
Segundo o relatório da Comissão Europeia, a economia da UE deve crescer 4,0% e 2,8% em 2022 e 2023, respectivamente, após um crescimento significativo de 5,3% em 2021. O crescimento na zona do euro também deve atingir 4,0% em 2022, antes de cair para 2,7% em 2023. O PIB da UE retorna aos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre de 2021, e cada Estado membro deve atingir esse nível até o final de 2022.
Essas novas previsões levam em conta medidas governamentais como a fixação de um preço máximo para o gás e a eletricidade.
São, de fato, os preços da energia, do petróleo e das matérias-primas que têm puxado o índice de preços ao consumidor para cima há meses. Em consequência, as autoridades de vários países europeus, como a Bélgica e a França, desenvolveram mecanismos de bloqueio de preços para limitar o impacto da inflação no poder de compra dos consumidores.
No entanto, apesar das medidas de economia, os salários vão aumentar, e isso graças ao mecanismo do índice. Este aumento variará de 2 a 3,17% dependendo dos setores.
Segundo os últimos números, o índice de preços ao consumidor aumentou 3,2%. Em ritmo anual no mês de março, registrando sua maior taxa de crescimento em quinze anos.
A inflação é uma boa notícia para meu crédito?
À primeira vista, é uma má notícia para os consumidores. No entanto, uma categoria pode sem dúvida tirar proveito: os tomadores de empréstimos a taxa fixa. De fato, para aqueles que contrataram um
crédito a taxa fixa (com uma mensalidade fixa), sob o impacto da inflação e desde que seu salário aumente, o peso da mensalidade de reembolso vai diminuir. Atenção, no entanto, para relativizar este impacto benéfico para as famílias: em primeiro lugar, a inflação se traduzirá a curto prazo por uma perda de poder de compra, e o efeito favorável só existirá se os salários aumentarem.
Além disso, o caráter duradouro desta inflação também é importante para que os efeitos sejam notáveis. Enquanto o BCE continua a fazer da luta contra esta última sua prioridade.
A título de exemplo, para uma mensalidade de 990 € consentida com um salário de 3 000 €, se a inflação continuar a um ritmo anual de 3% por 3 anos e o salário aumentar no mesmo ritmo, o tomador do empréstimo reembolsará 990 € com um salário de 3 278 €, ou seja, um endividamento que passaria de 33% para 30%. Esta consolação é bastante magra. Deve-se lembrar que o retorno da inflação age como uma redistribuição de riquezas. Pois empobrece os poupadores para enriquecer os tomadores de empréstimos.
Finalmente, deve-se levar em conta as políticas de austeridade dentro do EEE. De fato, sabemos que se o déficit da balança comercial alemã é melhor do que o de seus vizinhos, é porque na Alemanha os salários aumentam mais lentamente do que a inflação. Assim, não estamos mais em um esquema de economia quase fechada como nos anos 70. Nossa abertura para o mundo pode tornar o aumento dos salários mais lento. Ou até mesmo bem inferior à inflação, a fim de aumentar a competitividade dos países uns em relação aos outros.
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Em conclusão
Muito se tem falado recentemente sobre este assunto. Alguns partidos de direita mencionam a necessidade de reduzir o percentual de aumento dos salários em relação ao aumento da inflação, como na Alemanha. Esta posição parece ser um verdadeiro casus belli para todos os partidos de esquerda na Europa.
Finalmente, resta saber se, diante das realidades da abertura da economia mundial e da extraordinária competitividade na Ásia, os países europeus não serão obrigados a tocar na regra da indexação dos salários diante da inflação.